O meu jantar de ontem foi uma maravilha! Tenho de partilhar isto, porque este Mundo está repleto de produtos de baixa qualidade. Muito nos tentam impingir porcarias, fabricadas a pensar na redução máxima de custos e tempo de produção (assim como no máximo lucro). Eu tento procurar produtos mais tradicionais, produzidos com gosto e a pensar na qualidade (mesmo que tenha de sacrificar a quantidade que compro).
Assim, ontem ao jantar provei um azeite novo, e deliciei-me! O belo manjar de Carapau grelhado (comprado a um senhor que se esforça para oferecer qualidade), batata cozida e feijão verde (do quintal da minha santa sogra), tão bem preparado pela minha linda esposa (vá lá, fui eu que acendi o fogareiro e grelhei o peixe, também fiz alguma coisa! 🙂 ), foi tornado ainda mais especial pelo toque do azeite Ouro d’Elvas, um azeite de quinta (de Ortigão Costa).
E claro, a garrafa ao lado da do azeite é do vinho verde tinto do meu sogro, colheita de 2007. Normalmente o vinho branco combina melhor com a maioria dos peixes, mas essa regra não é set in stone. Este tinto é muito suave e combinou na perfeição com o prato. Mas sobre o vinho falo noutra ocasião! 😉
O Ouro d’Elvas é um azeite muito delicado, que cresce na boca suavemente. Nunca sendo agressivo na boca, mostra bem a sua presença na comida, compactuando com esta sem querer monopolizar o sabor. É tolerante ao vinagre, não mostrando uma pronunciada “guerra” com este (mesmo apesar de o ter “misturado” com um vinagre com alguma alma, elevé en fût de chêne). Enfim, o Ouro D’Elvas revelou-se uma pérola de azeite, que se bem me lembro não foi muito mais caro do que um azeite corrente das marcas mais conhecidas.
Recomenda-se vivamente que o experimentem!